BRASIL – Desmatamento na Amazônia e no Pantanal tem queda considerável, revela Prodes em divulgação de dados consolidados.

Os dados divulgados pelo Projeto de Monitoramento do Desmatamento por Satélite (Prodes) revelaram uma redução significativa no desmatamento na Amazônia Legal, área de não floresta do bioma e no Pantanal. Segundo as informações apresentadas em Brasília, a queda foi de 21,8%, 19,5% e 9,2%, respectivamente, no período de agosto de 2022 a julho de 2023 em comparação ao ciclo anterior.

A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, atribuiu os resultados positivos à política setorial implementada pelo governo federal, que contou com a participação de diversos ministérios e a condução da Casa Civil. Ela ressaltou a importância de uma política continuada para manter a sinergia positiva no combate ao desmatamento.

Além disso, foi constatada uma redução ainda maior no desmatamento nos 70 municípios prioritários para a proteção da Amazônia Legal, com uma diminuição de 42% no período analisado. Esses municípios foram responsáveis por 75% da derrubada de vegetação nativa no ano passado, de acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

A taxa anual de desmatamento na Amazônia Legal foi consolidada em 9.064 km², com uma pequena diferença em relação aos números divulgados anteriormente. Durante a apresentação dos dados, também foi destacada a redução de 55% nos alertas diários de desmatamento pelo Sistema de Detecção de Desmatamentos em Tempo Real (Deter), indicando uma tendência de queda na região amazônica.

Uma novidade apresentada foi a divulgação dos dados da área de não floresta na Amazônia, que abrange cerca de 28 mil km². Essa área, que não era monitorada anteriormente, teve 584,9 km² destruídos. O coordenador do programa Biomas Brasil ressaltou a importância dessa região, que possui espécies endêmicas e representa uma extensão duas vezes maior que o Pantanal.

No Pantanal, a taxa de desmatamento consolidada foi de 723 km², com destaque para o município de Corumbá, em Mato Grosso do Sul, onde ocorreu 52,8% da destruição da vegetação nativa. O avanço no combate ao desmatamento foi elogiado por Marina Silva, que destacou a importância da política pública baseada em evidências e na alocação adequada de recursos.

Os resultados do monitoramento do desmatamento nos biomas brasileiros foram considerados positivos, embora tenha sido registrado um aumento de 3% na destruição do Cerrado. O monitoramento feito pelo Inpe há mais de 36 anos continua sendo fundamental para orientar as ações de preservação ambiental no país.

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