BRASIL – Impacto da tecnologia na educação: professores concordam com uso, mas apontam desafios estruturais e pedagógicos nas escolas.

De acordo com uma pesquisa inédita divulgada nesta quarta-feira (8) pelo Instituto Semesp, a maioria dos professores da Educação Básica no Brasil concordam com o uso da tecnologia e inteligência artificial como ferramentas de ensino. O estudo revelou que 74,8% dos docentes entrevistados estão parcial ou totalmente de acordo com a utilização dessas ferramentas no ambiente escolar.

Apesar da aprovação, apenas 39,2% dos professores afirmaram utilizar a tecnologia como método de ensino de forma frequente. Um dos principais obstáculos apontados pelos profissionais é a falta de estrutura e formação adequada para o uso das tecnologias nas escolas. Problemas como acesso limitado à internet, falta de capacitação dos próprios professores e dificuldade em prender a atenção dos alunos foram mencionados na pesquisa.

Além disso, os professores destacaram que o uso excessivo de tecnologias pelos alunos tem gerado dispersão na sala de aula. A dependência dos estudantes em ferramentas de pesquisa e respostas imediatas também foi apontada como um obstáculo para o desenvolvimento de habilidades como resiliência e paciência.

O estudo também reforçou a importância da presença de tecnologias para atrair o interesse dos jovens pelo ensino superior. De acordo com o levantamento, a área de computação e tecnologias da informação e comunicação é a mais desejada entre os estudantes, seguida pela área de saúde e bem-estar.

Para promover a conexão entre o ensino médio e o ensino superior, o diretor executivo do Semesp, Rodrigo Capelato, propõe a criação de cursos técnicos dentro das instituições de ensino superior, como parte do programa Pé-de-Meia. Lançado este ano pelo governo federal, o programa visa estimular que estudantes de baixa renda continuem seus estudos, oferecendo uma espécie de poupança para esse fim.

Dessa forma, a pesquisa revela a importância do uso adequado da tecnologia no ambiente escolar, destacando a necessidade de superar os desafios estruturais e pedagógicos para aproveitar ao máximo os benefícios que essas ferramentas podem trazer para a educação.

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