No dia 09/05/2024, a infectologista da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), Renee Oliveira, explicou em entrevista exclusiva a gravidade do sorotipo três da dengue, que está reaparecendo em Alagoas após cerca de 15 anos sem circulação no Estado. Segundo a especialista, este tipo de dengue é considerado o mais grave entre os sorotipos existentes e requer cuidados especiais.
Com a chegada da quadra chuvosa, aumenta a predisposição à circulação do vírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, o que pode afetar pessoas na faixa etária de até 20 anos. A falta de imunidade da população em relação ao sorotipo três aumenta a suscetibilidade dos jovens, uma vez que as últimas epidemias ocorreram nos anos 2000, deixando uma parcela da população sem contato com esse tipo de dengue.
Para evitar a contratação do sorotipo três da dengue, as medidas preventivas são as mesmas adotadas contra os sorotipos um e dois. A recomendação principal é a adoção de medidas de combate ao mosquito Aedes aegypti, como a limpeza dos ambientes domésticos, a eliminação de recipientes que possam acumular água parada e o uso de repelentes.
Segundo dados do último Boletim Epidemiológico da Sesau, foram notificados 8.261 casos suspeitos de dengue em Alagoas desde o início do ano, com 4.535 casos confirmados. Em comparação com o mesmo período do ano anterior, houve um aumento significativo no número de casos.
Além disso, foram confirmados três óbitos decorrentes da dengue este ano em diferentes municípios alagoanos. Atualmente, sete óbitos suspeitos estão em investigação em diversos municípios do estado, ressaltando a gravidade da situação e a importância de medidas preventivas e de controle da doença. A população deve ficar atenta e seguir as orientações das autoridades de saúde.
