Essa mudança gerou repercussões no bairro de Santa Fé, que se tornou um polo emergencial de distribuição de alimentos para evitar o desabastecimento na região. Na manhã desta quinta-feira (9), caminhões formaram filas para descarregar os produtos, mostrando a urgência da situação.
Devido ao espaço menor disponível, a logística de movimentação dos produtos está sendo reinventada com criatividade e boa vontade. Banquinhos e caixas substituíram as bancas e o escritório foi improvisado debaixo de um caminhão. Com as adversidades, os feirantes estão buscando alternativas para continuar suas vendas e garantir o sustento.
Um exemplo é a produtora Jaqueline, que mesmo enfrentando as dificuldades geradas pelas enchentes, conseguiu vender um terço da carga em apenas duas horas. O esforço valeu a pena para garantir o sucesso da feira.
Enquanto a Ceasa se adapta temporariamente, o estado do Rio Grande do Sul enfrenta enormes desafios de reconstrução. A restauração da infraestrutura pública danificada pelos temporais está estimada em pelo menos R$ 19 bilhões, de acordo com técnicos do governo local.
Além disso, as consequências trágicas das fortes chuvas já resultaram em pelo menos 107 mortes, e 136 pessoas continuam desaparecidas. Mais de 1,47 milhão de pessoas foram afetadas de alguma forma em 425 municípios atingidos. O estado precisa unir esforços para superar essa crise e reconstruir o que foi destruído.
