Além da sonegação fiscal, foram identificados indícios de organização criminosa e lavagem de dinheiro por meio de empresas patrimoniais em nome de terceiros. A investigação foi conduzida em conjunto com o Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos do Estado de São Paulo (Cira-SP) e a Receita Federal do Brasil (RFB).
A operação resultou no cumprimento de mandados de busca e apreensão em diversas cidades, incluindo São Paulo, Santo André, São Caetano, Mauá, e Guarulhos. A ação teve a participação de 45 integrantes do MPSP, 112 auditores fiscais estaduais, 83 auditores fiscais federais, 14 integrantes da Procuradoria-Geral do Estado, além de 200 policiais civis e 45 policiais militares de São Paulo.
Em Joinville, a operação contou com o apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Santa Catarina, auditores fiscais da Secretaria de Estado da Fazenda, e peritos da Polícia Científica. As investigações tiveram início em 2023 e detectaram a criação de empresas inidôneas que atuavam como intermediárias em negociações, além de emissão de notas fiscais falsas para abatimento de impostos e transferência simulada de responsabilidades tributárias.
O objetivo do MPSP com essa operação vai além da recuperação de créditos fiscais, visando também dissuadir práticas semelhantes no setor de metais. A atuação integrada das instituições do Estado foi destacada como fundamental para o sucesso da ação. As autoridades ressaltam a importância de combater esse tipo de fraude para proteger os cofres públicos e contribuir para um ambiente de negócios mais transparente e justo.