Os recursos em questão foram interpostos pelo PL e PT, contestando a decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Paraná, que rejeitou a cassação do mandato do parlamentar no mês passado. As acusações envolvem gastos irregulares durante o período de pré-campanha, alegando que Moro teria se beneficiado de “desvantagem ilícita” em relação aos demais concorrentes ao cargo de senador.
No centro da discussão estão gastos que chegam a números expressivos. Segundo o Ministério Público, foram utilizados cerca de R$ 2 milhões, provenientes do Fundo Partidário, em eventos de filiação ao Podemos e em produção de vídeos para promoção pessoal, além de consultorias eleitorais. O PL alega gastos irregulares de R$ 7 milhões, enquanto o PT sustenta que foram desembolsados R$ 21 milhões de forma inadequada.
Diante das acusações, os advogados de Moro defendem veementemente a inocência do senador, argumentando que não houve irregularidades na pré-campanha e que as acusações são infundadas. De acordo com Gustavo Guedes, um dos advogados de Moro, a pré-campanha do senador não foi responsável por sua derrota no Paraná e que as alegações de “desvantagem ilícita” carecem de fundamentos.
Com a data do julgamento se aproximando, a expectativa é grande para saber qual será o desfecho dessa disputa jurídica que envolve um dos políticos mais conhecidos do país. Sergio Moro, sendo uma figura polêmica e de grande relevância, atrai a atenção da opinião pública para esse caso, que poderá ter desdobramentos impactantes no cenário político nacional.
