Doutor Wanderley ressaltou que a CPI da Braskem havia anunciado a vinda para levantar dados, visitar as vítimas e avaliar os acordos relacionados ao crime ambiental. No entanto, ele destacou que a presença dos senadores foi breve e superficial, com apenas duas horas dedicadas à cidade. O parlamentar criticou o fato de que apenas quatro senadores compareceram, sendo que dois deles eram da região.
O deputado esperava uma abordagem mais aprofundada e responsável por parte da comitiva, especialmente em relação aos acordos firmados entre a Braskem e as autoridades locais. Ele destacou que a visita dos senadores Rodrigo Cunha e Rogério Carvalho foi conduzida de maneira seletiva, evitando abordar áreas problemáticas e focando em locais mais favoráveis.
Além disso, Doutor Wanderley criticou a postura do senador Rodrigo Cunha, alegando que ele votou contra a instalação da CPI e não seria a pessoa mais indicada para liderar a visita aos bairros afetados. O parlamentar também expressou preocupação com o futuro dos terrenos atualmente pertencentes à Braskem, defendendo a desapropriação e uso em benefício da população local.
Diante desses acontecimentos, o deputado anunciou que fará uma indicação ao Governo de Alagoas para garantir que os terrenos não sejam explorados pela empresa responsável pelos danos ambientais. Ele encerrou seu discurso reiterando a importância de garantir que a área seja utilizada em benefício da comunidade, e não em favor daqueles que causaram o acidente ambiental.
Essas críticas do deputado Doutor Wanderley refletem a insatisfação com a abordagem da CPI da Braskem em relação aos problemas enfrentados pelos moradores afetados pela mineração de sal-gema em Maceió. A falta de comprometimento e profundidade na visita dos senadores levanta questões sobre a eficácia e seriedade do processo de investigação conduzido pela comissão parlamentar.