Mercadante ressaltou a necessidade do país se preparar para as novas diretrizes estabelecidas pela ONU e afirmou que o BNDES está estudando a questão com cuidado. Ele explicou que a ONU definiu que a partir de 2027, o combustível renovável terá que ser adotado na aviação, com o BNDES já financiando a produção do SAF, um combustível sustentável para aviação.
O presidente do BNDES enfatizou que a maior preocupação está relacionada à navegação marítima, sendo que 90% do transporte de mercadorias do mundo é realizado por navios. Mercadante alertou que navios serão multados se não descarbonizarem seus combustíveis, o que pode afetar a competitividade do Brasil no cenário internacional. O BNDES está estudando soluções para esse desafio e já investiu R$6,6 bilhões em embarcações como balsas, rebocadores e empurradores.
Para Mercadante, o Brasil tem uma oportunidade de expandir sua produção de etanol e metanol, que são fontes de combustível mais eficientes e menos poluentes. Ele acredita que o país precisa dobrar sua produção de etanol para atender a demanda e se adequar às novas normas internacionais.
Além disso, o BNDES está considerando formas de apoiar as empresas aéreas, que foram duramente afetadas pela pandemia de Covid-19. Mercadante mencionou a possibilidade de utilizar o Fundo Nacional da Aviação Civil (FNAC) como um garantidor para oferecer crédito às empresas do setor. Ele ressaltou a importância de manter um setor aéreo estruturado para o Brasil e se mostrou disposto a contribuir para ajudar as empresas a superar os desafios enfrentados durante a pandemia.
