BRASIL – Crianças em abrigos no RS precisam de cuidado redobrado para evitar violência durante a calamidade, alerta professora da PUCRS.

A situação das crianças abrigadas devido às enchentes no Rio Grande do Sul requer atenção redobrada para evitar possíveis casos de violência. Segundo a professora Luísa Habigzang, coordenadora do Grupo de Pesquisa Violência, Vulnerabilidade e Intervenções Clínicas da PUC-RS, é fundamental zelar pela integridade dessas crianças, especialmente diante do cenário de calamidade atual.

Com o objetivo de orientar os voluntários que prestam apoio nos abrigos, a universidade lançou uma cartilha que contém instruções sobre como lidar com relatos de abuso, garantir a segurança das crianças e monitorar de forma eficaz todas as atividades realizadas no local. A presença dos “responsáveis referência”, tanto durante o dia quanto à noite, é fundamental para evitar situações de vulnerabilidade.

De acordo com Luísa, as crianças abrigadas são as mais impactadas pela situação de desastre, muitas vezes silenciosamente, sem saber como expressar o que estão sentindo. Por isso, é importante oferecer um apoio qualificado e atencioso, sem revitimizá-las ou expô-las a riscos adicionais.

No combate às fake news que circulam durante crises como essa, professores e pesquisadores da PUC-RS estão trabalhando para disseminar informações corretas e seguras. A orientação de como interagir de forma saudável e respeitosa com as crianças abrigadas é fundamental para garantir o bem-estar e a segurança emocional delas.

Além disso, a universidade disponibilizou um curso online de Primeiros Cuidados Psicológicos, ministrado pelo professor Christian Cristensen, para capacitar os voluntários que prestam acolhimento às vítimas das enchentes. O curso, realizado em formato de vídeoaulas, apresenta os princípios gerais de intervenções em situações de crises e catástrofes, visando preparar os participantes para lidar com eventuais situações de trauma.

Diante desse cenário desafiador, a atuação conjunta de voluntários, profissionais de saúde e pesquisadores é essencial para garantir o cuidado e a proteção das crianças abrigadas e auxiliar no processo de recuperação das comunidades afetadas pelas enchentes no Rio Grande do Sul.

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