Diante do receio de especulação e aumento da procura pelo produto, o governo federal anunciou uma medida provisória no Diário Oficial da União autorizando a importação de até 1 milhão de toneladas de arroz pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Essa ação visa recompor os estoques públicos e evitar possíveis desabastecimentos.
A importação inicial prevê a compra de 200 mil toneladas de arroz de países do Mercosul, como Argentina, Uruguai e Paraguai, e até mesmo da Bolívia. Os estoques serão direcionados preferencialmente a pequenos varejistas das regiões metropolitanas, sem a necessidade de leilões públicos para a venda direta.
A Federarroz informou que a colheita no Rio Grande do Sul já atingiu 83% da área prevista, com boa qualidade e produtividade. A entidade assegura que o abastecimento dos brasileiros está garantido, mesmo com as dificuldades logísticas enfrentadas no estado.
O presidente da Federarroz, Alexandre Velho, destacou que, apesar dos desafios na colheita, o Rio Grande do Sul tem capacidade para produzir uma safra superior a sete milhões de toneladas. Ele ressaltou que não há problemas de abastecimento no mercado interno e que a logística para transporte do arroz para os centros de consumo está funcionando normalmente.
A ABRAS, por sua vez, afirmou que o abastecimento nos supermercados está normalizado, com variedade de marcas, preços e promoções para atender à demanda dos consumidores. A associação recomendou que os consumidores evitem estocar o produto em casa, garantindo assim o acesso de todos ao arroz.
Em apoio à abertura da importação anunciada pelo governo, a ABRAS destacou a importância de completar o abastecimento da população brasileira. Ambas as entidades reforçaram que não há necessidade urgente de importação e que o mercado interno está abastecido de forma adequada, tranquilizando os consumidores em relação à disponibilidade do arroz no país.