BRASIL – Tragédias climáticas se intensificam no Brasil: mais de 100 mortes no Rio Grande do Sul em decorrência de chuvas intensas.

A intensificação dos eventos climáticos extremos tem sido um tema recorrente em todo o mundo, com o Brasil não sendo uma exceção. No país, os efeitos das atividades humanas no meio ambiente têm se mostrado de forma clara durante a atuação de fenômenos naturais como o El Niño e La Niña, que causam períodos de seca extrema e chuvas intensas em todo o território nacional.

De acordo com a diretora do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), Regina Alvalá, no estado do Rio Grande do Sul, por exemplo, desde os primeiros anos dos anos 2000, o La Niña tem afetado intensamente a região, resultando em longos períodos de seca até o ano de 2023. Com o início da configuração do El Niño, em junho daquele ano, foram registradas chuvas cada vez mais intensas, principalmente na região metropolitana de Porto Alegre, que culminaram em tragédias com diversas vítimas fatais.

A geografia do estado do Rio Grande do Sul e a falta de um programa eficiente de gestão de riscos têm contribuído para tornar a região mais suscetível aos extremos causados pelas mudanças climáticas. A criação de um programa de gestão de riscos e respostas a desastres coordenado pela Casa Civil do governo federal é uma sugestão do diretor de Clima e Sustentabilidade do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Osvaldo Moraes, como medida para atenuar os impactos causados por esses eventos climáticos.

A conscientização da população em relação aos riscos e a importância de preparar-se para eventos extremos também é de extrema relevância. Ensinar as pessoas a reconhecerem os perigos e a agirem de forma preventiva pode ser fundamental para reduzir os impactos de desastres naturais, como as enchentes que têm assolado diversas regiões do Brasil ao longo dos anos.

Em um cenário de aumento da frequência de eventos climáticos extremos, torna-se cada vez mais urgente adotar medidas de mitigação e preparação para enfrentar os desafios impostos pelas mudanças climáticas. O Brasil, sendo um país vulnerável a essas mudanças, precisa trabalhar não apenas na redução das emissões de gases de efeito estufa, mas também na construção de cidades mais resilientes e na implementação de ações eficazes de gestão de riscos.

Botão Voltar ao topo