Essa redução é resultado de ajustes na área semeada de culturas como soja e milho. Além disso, a tragédia climática que afetou o Rio Grande do Sul desde o fim de abril, com enchentes e enxurradas, ainda não foi completamente contabilizada nos dados atuais. O presidente da Conab, Edgar Pretto, mencionou que as perdas no estado ainda não podem ser precisamente avaliadas devido às condições climáticas adversas.
As fortes chuvas no Rio Grande do Sul também devem impactar a produção de arroz, com pelo menos 8% da área plantada no estado afetada. A estimativa atual é de 10,4 milhões de toneladas de arroz produzidas no ciclo 2023/2024, mas as perdas nas lavouras gaúchas podem alterar esse cenário.
Em relação ao trigo, a cultura também deve sofrer impactos da crise climática, com atrasos no plantio devido ao alto volume de chuvas no Rio Grande do Sul, principal estado produtor do grão. Já o feijão apresenta boas expectativas, com um aumento de 9,5% na produção prevista para o ciclo 2023/2024.
No que diz respeito à soja, a produção esperada é de 147,6 milhões de toneladas, 4,5% a menos do que na safra anterior. A queda na produtividade se deve a condições climáticas desfavoráveis durante o desenvolvimento da cultura. Na mesma linha, a produção de milho também deve cair 15,4% em 2023/2024 devido a uma primeira colheita mais fraca influenciada por adversidades climáticas.
Com esses dados em mãos, a Conab alertou que as estimativas estão sujeitas a revisão conforme os impactos das chuvas no Rio Grande do Sul forem dimensionados. Acompanhar a evolução da safra de grãos nos próximos meses será fundamental para compreender o cenário agrícola brasileiro e seus reflexos no mercado tanto interno quanto externo.