BRASIL – Organizações lançam campanha por auxílio calamidade climática de um salário mínimo por 24 meses às vítimas de catástrofes.

Mais de 50 organizações da sociedade civil se uniram em uma iniciativa inédita e fundamental: lançaram nessa segunda-feira (13) uma campanha em prol de um auxílio calamidade de pelo menos um salário mínimo, durante dois anos, para auxiliar as pessoas afetadas por tragédias climáticas, seguindo o exemplo do Rio Grande do Sul.

A proposta, encabeçada pela Plataforma dos Movimentos Sociais por Outro Sistema Político, conta com o apoio de entidades renomadas como o Instituto de Estudos Socioeconômicos, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, a União Nacional dos Estudantes e o Fórum Mudanças Climáticas e Justiça Socioambiental.

De acordo com a iniciativa, cada vítima das mudanças climáticas receberia um auxílio mensal de R$ 1,4 mil, além de R$ 150 para cada menor sob sua guarda, durante 24 meses. Este auxílio seria destinado a indivíduos com renda individual de até cinco salários mínimos. A campanha também defende um auxílio de R$ 20 mil para “empreendimentos solidários”, abrangendo organizações coletivas lideradas por pessoas em situação de vulnerabilidade, incluindo agricultores familiares.

A estimativa do Instituto de Estudos Socioeconômicos aponta que, caso o auxílio estivesse em vigor atualmente, o montante destinado ao socorro das vítimas no Rio Grande do Sul seria de R$ 59 bilhões em dois anos, além de R$ 2,4 bilhões para os empreendimentos solidários, beneficiando aproximadamente 120 mil negócios sociais.

Para viabilizar financeiramente a proposta, o representante do colegiado de gestão do Inesc ressaltou que os recursos podem ser provenientes de outras fontes, como renúncias fiscais e taxação de grandes fortunas e heranças. Uma política permanente para catástrofes climáticas traria agilidade e transparência à assistência às populações afetadas, evitando a hesitação a cada situação de emergência.

Além das medidas de auxílio já adotadas, como a liberação de créditos extraordinários e a suspensão da dívida do estado com a União, o governo federal está debatendo a criação de um auxílio emergencial para os afetados pelas enchentes, visando auxiliar aqueles que perderam suas fontes de renda e estão desempregados.

Essa mobilização das organizações sociais em prol do auxílio calamidade é um passo significativo para garantir proteção e amparo às vítimas de tragédias climáticas e uma resposta eficaz do poder público diante de situações de emergência.

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