Na sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), as equipes estão realizando uma série de testes de confirmação até a próxima sexta-feira (17). Esses testes visam verificar se as falhas identificadas no ano passado foram devidamente corrigidas. O chamado Teste Público de Segurança (TPS) é uma etapa fundamental em cada ciclo eleitoral, permitindo que especialistas examinem os códigos-fonte e realizem ataques para identificar possíveis vulnerabilidades no sistema de votação.
No ciclo eleitoral atual, o TPS foi realizado no ano passado, quando 33 investigadores, incluindo seis investigadoras, realizaram 35 planos de ataques contra as urnas, com acesso ao código-fonte dos sistemas de votação. Após identificar cinco inconsistências que necessitavam de correção, a PF e a UFMS estão agora realizando os testes de confirmação para garantir que as melhorias tenham sido implementadas.
Durante os testes, foram identificadas falhas no procedimento de carga da urna e no controle e privilégios de acesso de aplicações executadas no equipamento. Os achados dos investigadores foram fundamentais para proporcionar melhorias no sistema eleitoral, tornando-o mais seguro e confiável.
O secretário de Tecnologia da Informação do TSE, Julio Valente, explicou que as equipes técnicas se dedicaram a aprimorar as áreas identificadas e que o TPS é essencial para a transparência e a evolução do sistema eleitoral. O diretor-geral do TSE, Rogério Galloro, enfatizou a importância dos testes para garantir a integridade do processo eleitoral.
Além dos testes realizados, sete pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) também estão participando do processo, oferecendo suporte aos investigadores durante a execução dos planos de reteste. Ao final desse processo, espera-se que a urna eletrônica esteja completamente segura e pronta para ser utilizada nas eleições municipais deste ano.