BRASIL – OMS pré-qualifica vacina Qdenga contra a dengue, produzida pela Takeda, para uso em crianças e adolescentes no Brasil.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou recentemente a pré-qualificação da vacina Qdenga, fabricada pela empresa japonesa Takeda, no combate à dengue. A Qdenga tornou-se o segundo imunizante contra a doença a ser pré-qualificado pela OMS, demonstrando a eficácia e segurança do produto.

De acordo com a OMS, a vacina Qdenga consiste em uma fórmula viva atenuada que contém versões enfraquecidas dos quatro sorotipos do vírus da dengue. A entidade recomenda a aplicação da vacina em crianças e adolescentes com idades entre 6 e 16 anos, especialmente em áreas com alta incidência da doença.

A vacinação com a Qdenga requer a administração de duas doses, com um intervalo de três meses entre elas, seguindo o mesmo protocolo adotado no Brasil. Essa pré-qualificação da OMS é crucial para ampliar o acesso global às vacinas contra a dengue, tornando-as elegíveis para aquisição por agências internacionais, como o Unicef e a Opas.

Rogerio Gaspar, diretor de regulação e Pré-qualificação da OMS, ressaltou a importância desse marco na luta contra a dengue e incentivou outros desenvolvedores de vacinas a submeterem seus produtos para avaliação.

No Brasil, a vacina Qdenga já está sendo administrada na rede pública de saúde desde fevereiro, restrita a crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos de idade. A Anvisa aprovou o registro do imunizante em março de 2023, permitindo a sua comercialização no país sob determinadas condições.

Com a incorporação da vacina no Sistema Único de Saúde (SUS), o Brasil dá mais um passo no enfrentamento da dengue, especialmente em uma faixa etária com alta incidência da doença. Apesar disso, pessoas acima de 60 anos não estão incluídas no programa de vacinação devido à falta de estudos clínicos nessa faixa etária.

A pré-qualificação da vacina Qdenga pela OMS representa um avanço significativo na prevenção da dengue e na proteção da população vulnerável a essa doença. A medida reforça a importância da imunização como estratégia fundamental para o controle de doenças transmitidas por mosquitos, como a dengue.

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