BRASIL – Casal homoafetivo desafia estereótipos ao adotar criança: “Gestar no coração” inicia jornada da maternidade

Recentemente, a terapeuta Carolina Rua e a empresária Laís Guerra decidiram iniciar o processo de adoção de uma criança juntas. Para elas, a maternidade não se resume apenas ao processo biológico, mas sim a uma preparação afetiva para acolher um novo integrante na família. De acordo com Carolina, desde que tomaram a decisão de adotar um filho, todas as suas ações já consideram a presença desse futuro membro da família. Elas até mesmo escolheram um novo apartamento levando em conta a necessidade de um quarto para o futuro filho.

O caminho até a decisão de adotar não foi fácil para o casal, especialmente devido às pressões sociais e familiares que consideravam a adoção como uma alternativa menos legítima do que a maternidade biológica. No entanto, mesmo enfrentando preconceitos, Carolina e Laís estão determinadas a seguir em frente com o processo de adoção.

Segundo dados do Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento (SNA), atualmente existem mais de 4.700 crianças e adolescentes aguardando por pais adotivos no Brasil. O número de adultos pretendentes chega a 36.000, indicando uma grande demanda por adoção no país. No entanto, as adoções por casais homoafetivos representam apenas 6,35% do total, evidenciando a necessidade de maior aceitação e inclusão dessas famílias no processo de adoção.

O casal está engajado em todo o processo de preparação para adoção, inclusive participando de grupos de apoio e discussão, como o Cores da Adoção. Esse coletivo de voluntários auxilia famílias aspirantes à adoção em todos os aspectos do processo, tornando a jornada mais acolhedora e informativa para todos os envolvidos.

Para Carolina e Laís, a adoção é muito mais do que simplesmente ampliar a família. É uma oportunidade de transformar vidas, criar novos laços afetivos e desafiar os estereótipos tradicionais de família. Elas estão comprometidas em proporcionar um ambiente acolhedor e amoroso para a criança que em breve fará parte de suas vidas. A jornada rumo à adoção pode ser longa e desafiadora, mas para esse casal, o destino final é o mais importante: construir uma família baseada no respeito, amor e diversidade.

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