BRASIL – Governo brasileiro elogia retirada de Cuba da lista de países que não cooperam contra o terrorismo pelos EUA, mas condena manutenção em lista de patrocinadores do terrorismo.

O Ministério das Relações Exteriores (MRE) do Brasil se posicionou em relação à decisão do governo dos Estados Unidos da América (EUA) de remover Cuba da lista de países considerados como não colaboradores na luta contra o terrorismo. Em uma nota publicada nessa quinta-feira (16), o Itamaraty expressou satisfação com essa ação, considerando-a um passo importante na direção correta.

O governo brasileiro enfatizou a importância de os EUA também retirarem Cuba da lista de Estados que patrocinam o terrorismo, o que gerou pesadas sanções ao país caribenho. A manutenção de Cuba nessa lista foi repudiada pela ampla maioria da comunidade internacional e de forma unânime pelos países da América Latina e do Caribe, conforme declarado na última Cúpula da Célula de Estados Latino-Americanos e Caribenhos.

A mudança de postura dos Estados Unidos foi comunicada em um relatório do Departamento de Estado enviado ao Congresso. O Brasil e outros países demonstraram apoio à retirada de Cuba da lista, enfatizando seu papel na cooperação global contra o terrorismo.

A retirada de Cuba da lista tem um significado simbólico, uma vez que os EUA mantêm um embargo comercial e financeiro contra o país há mais de seis décadas. Por outro lado, a inclusão de Cuba na lista de patrocinadores do terrorismo, no final do governo de Donald Trump, resultou em restrições mais rígidas ao embargo.

O chanceler cubano, Bruno Rodríguez, afirmou em uma rede social que os EUA reconheceram que Cuba coopera plenamente nos esforços contra o terrorismo. O governo cubano ressaltou a importância de ser retirado não só da lista de países não cooperativos, mas também da lista de países patrocinadores do terrorismo, e pediu o fim do bloqueio econômico que dura décadas.

A decisão do governo Biden foi vista como uma tentativa de agradar a ala mais à esquerda do Partido Democrata e conquistar o voto latino-americano, especialmente diante dos recentes desafios enfrentados pelo governo em relação à situação em Israel. A expectativa é de que essa mudança tenha impacto nas eleições presidenciais nos Estados Unidos, marcadas para novembro deste ano.

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