A catástrofe afetou um total de 1.059 escolas em 248 municípios, sendo que 79 delas suspenderam as atividades para servirem como abrigo temporário para famílias desabrigadas. Algumas escolas sofreram danos diretos na infraestrutura, enquanto outras enfrentam problemas de acesso devido ao isolamento causado pelas enchentes. Estima-se que cerca de 378.981 estudantes tenham sido impactados e 566 escolas tenham sido danificadas, com 217.396 estudantes matriculados nessas instituições.
O Ministério da Educação (MEC) tomou medidas para flexibilizar o calendário escolar devido à situação de emergência, autorizando a dispensa do cumprimento do mínimo de dias efetivos de trabalho nas escolas, desde que seja garantida a carga horária mínima anual. A educação infantil foi dispensada de cumprir os dias efetivos e a carga horária mínima.
Em Porto Alegre, cerca de 40 mil alunos do ensino infantil estão retornando às aulas, com a reabertura de 26 unidades de ensino. Outras 21 escolas devem abrir nos próximos dias, totalizando 80 mil estudantes matriculados na rede pública da capital gaúcha. O secretário municipal de Educação, José Paulo da Rosa, prevê que os outros 40 mil alunos restantes retomem as atividades de forma gradual.
Um dos desafios enfrentados pelas escolas da região é a reconstrução de unidades de ensino completamente destruídas pelas enchentes, como as localizadas nos bairros de Humaitá, Sarandi e Ilha da Pintada, que demandarão um investimento de R$ 30 milhões em obras e equipamentos.
O retorno às aulas é visto como uma oportunidade para recuperar o déficit de aprendizado causado pela pandemia, sendo fundamental para o desenvolvimento educacional e social dos estudantes. Martim Alexandre, um aluno do ensino infantil, expressou sua felicidade em voltar à escola, enquanto sua mãe, Amanda Rocha Mendonça, destacou a importância da rotina escolar na vida do filho autista.