A principal agência de comunicação pública do país, a Agência Telám, está fora do ar desde março, quando os trabalhadores foram dispensados. O governo argumenta que a decisão de pausar temporariamente os canais digitais busca reorganizar e aprimorar a produção, realização e difusão de conteúdos.
Por outro lado, o Sindicato de Imprensa de Buenos Aires (SiPreBa) critica a intervenção nos meios públicos, afirmando que o governo está ignorando o Senado argentino. Em comunicado, o sindicato denuncia a censura e intimidação, somada ao silenciamento da Telám.
A batalha entre o governo e a mídia pública se intensifica, com acusações de favorecimento a adversários políticos de Milei e projetos de privatizações. O modelo de mídia pública na Argentina, inspirado no europeu, visa oferecer conteúdos não comerciais e dar voz a grupos menos representados na mídia privada.
No Brasil, a Empresa Brasil de Comunicação (EBC), responsável pela Agência Brasil, também administra veículos públicos federais, conforme determina a Constituição Federal. Criada em 2007, a EBC gerencia a TV Brasil e rádios como a Nacional e Nacional da Amazônia.
Essa intervenção do governo argentino na mídia pública é mais um capítulo em uma disputa complexa entre interesses políticos, comerciais e democráticos, que levanta questões sobre liberdade de imprensa e pluralidade de vozes na comunicação. O cenário ainda promete novos desdobramentos e debates sobre o papel da mídia pública nos tempos atuais.