Lula ressaltou que o reconhecimento da Palestina como um Estado é importante por duas razões principais. Primeiramente, representa um passo em direção à justiça para todo um povo que há muito tempo luta pelo direito à autodeterminação. Além disso, a decisão pode contribuir de forma significativa para os esforços em busca de paz e estabilidade na região. O presidente destacou que o Brasil foi um dos primeiros países na América Latina a reconhecer o Estado Palestino em 2010, delimitando suas fronteiras de acordo com as fronteiras de 1967, que incluem a Faixa de Gaza e a Cisjordânia, tendo Jerusalém Oriental como capital.
Os países europeus pretendem oficializar o ato de reconhecimento no dia 28, e o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, afirmou que a medida visa acelerar os esforços para garantir um cessar-fogo entre Israel e o grupo palestino Hamas em Gaza. No entanto, a decisão política levou Israel a retirar seus embaixadores destes países, já que o governo de Benjamin Netanyahu se opõe ao reconhecimento unilateral de um Estado Palestino.
O conflito entre Israel e Hamas tem suas raízes em disputas territoriais antigas, que resultaram em confrontos violentos. Desde outubro passado, o Hamas lançou um ataque surpresa contra Israel, gerando uma série de ataques e contrataques que já deixaram milhares de mortos e feridos em Gaza. A situação humanitária na região é crítica, com a entrada de ajuda humanitária sendo dificultada pelo cerco imposto por Israel.
A guerra entre Israel e Hamas é uma contínua luta por território, que remonta a séculos de ocupação por diversos povos na região. O reconhecimento do Estado Palestino por esses países europeus pode representar um passo importante na busca por uma solução pacífica e duradoura para o conflito.
