O principal fator que contribuiu para esse cenário foi a redução do superávit comercial, que teve uma queda de US$ 578 milhões. Além disso, os déficits em serviços e renda primária aumentaram em US$ 844 milhões e US$ 1,1 bilhão, respectivamente. No entanto, a renda secundária registrou uma variação de déficit para superávit, com um aumento de US$ 249 milhões.
No acumulado dos últimos 12 meses, o déficit em transações correntes atingiu US$ 35,271 bilhões, representando 1,57% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. Esse valor apresentou uma leve redução em relação ao período anterior, indicando uma melhora na balança comercial e nas transações externas.
O chefe do Departamento de Estatísticas do BC, Fernando Rocha, destacou que as transações correntes têm um cenário robusto e vinham apresentando uma tendência de redução nos déficits em 12 meses, mas que se inverteu a partir de março. Ele ressaltou que, apesar do déficit externo, a economia brasileira está sendo financiada por capitais de longo prazo, especialmente por meio de investimentos diretos no país.
Em relação ao investimento direto no país (IDP), os dados de abril revelam um aumento de 26% em comparação com o mesmo período do ano anterior, totalizando US$ 3,867 bilhões. Esse valor contribui para financiar o saldo negativo das transações correntes e impulsionar a economia nacional.
Portanto, é essencial que o país continue a atrair investimentos diretos e a fortalecer sua balança comercial para manter o equilíbrio das contas externas e garantir um desenvolvimento sustentável no cenário internacional.
