Irmãos são absolvidos da acusação de assassinato do tio após alegarem legítima defesa em Alagoas

Na tarde desta sexta-feira (24), a Justiça de Alagoas absolveu os irmãos Waldirene Araújo da Silva e Salustiano Araújo da Silva da acusação de assassinato do fazendeiro Antônio Castro de Araújo, tio dos réus. O crime ocorreu em 7 de março de 2013, no município de Tanque D’Arca, interior do estado, e chocou a comunidade local.

O julgamento ocorreu no Fórum Desembargador Jairon Maia Fernandes, localizado no bairro Barro Duro, em Maceió. Waldirene Araújo, que é policial militar em São Paulo, e seu irmão foram inocentados em um segundo júri popular do caso. No primeiro julgamento, realizado em 2017, Salustiano foi condenado a 22 anos e 6 meses de prisão, enquanto Waldirene recebeu uma pena de 19 anos, 5 meses e 14 dias.

De acordo com as investigações policiais, os irmãos eram acusados de matar o tio a facadas e pauladas, alegadamente motivados pela venda das terras da mãe deles, que se arrependeu do negócio. No entanto, durante o julgamento desta sexta-feira, Waldirene argumentou que agiu em legítima defesa para proteger o irmão. Ela afirmou “Ele queria furar meu irmão e, enquanto eu mordia o nariz dele, meu irmão furava para se defender”.

Por outro lado, o Ministério Público contestou a versão dos réus, baseando-se no laudo da perícia que indicava que as facadas foram desferidas pelas costas da vítima, o que impossibilitaria a alegação de legítima defesa. “Não há como falar em legítima defesa se o laudo pericial afirma que as facadas foram pelas costas. Não é o Ministério Público quem diz isso, mas os peritos criminais que subscrevem o laudo”, declarou a promotoria do caso.

Até o momento, não há informações sobre uma possível apelação da decisão por parte do Ministério Público. A família dos réus comemorou a absolvição e afirmou que irá buscar a reparação dos danos causados pela acusação injusta.

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