Paulo Kuester Neto, supervisor de projetos de ciência de dados do NIC.br, destacou a importância de uma conexão adequada nas escolas, considerando a crescente relevância da tecnologia da informação no ambiente educacional. Segundo ele, a velocidade adequada é essencial para atender às demandas de estudantes e professores, que utilizam diferentes tipos de aplicativos e recursos online em sala de aula.
Nos últimos anos, houve uma evolução na oferta de internet nas escolas públicas, porém, ainda há espaço para melhorias, de acordo com Neto. A medição da velocidade realizada pelo NIC.br é estimulada pelo Ministério da Educação (MEC) como parte do esforço para garantir uma conexão de qualidade nas instituições de ensino.
A pesquisa também apontou diferenças regionais na qualidade da conexão, com o Norte do país apresentando menor cobertura e qualidade de internet. Estados como Acre, Amazonas, Amapá, Roraima e Pará foram identificados com as velocidades mais baixas, enquanto Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Goiás se destacaram com as maiores velocidades de conexão.
Com base em dados do Censo Escolar da Escola Básica, o NIC.br mostrou que 89% das escolas estaduais e municipais do país estão conectadas à rede, mas apenas 29% possuem dispositivos como computadores, notebooks ou tablets para acesso dos alunos. Em média, há um dispositivo para cada dez estudantes no maior turno escolar.
Diante desses dados, fica evidente a importância de investimentos contínuos na infraestrutura de rede das escolas para garantir um aprendizado mais eficiente e inclusivo no ambiente educacional brasileiro. A velocidade e qualidade da conexão à internet desempenham um papel fundamental no acesso a recursos educacionais online e no desenvolvimento dos estudantes para um mundo cada vez mais digitalizado.