Claudia Rodrigues, catadora de material reciclável e residente local, expressou a necessidade emergencial da comunidade: “A nossa reivindicação aqui é pacífica, sobre as bombas que a gente quer que eles botem em movimentação, para esvaziar a água. A gente está há um mês dentro da água, passando trabalho, e precisa sair dessa situação”. Ela e o marido estão há três semanas acampados sob um viaduto, aguardando a vazante das águas.
O protesto gerou um considerável congestionamento no trânsito da região, afetando a conexão entre a capital e Canoas, onde está situada a Base Aérea. Autoridades do Departamento Municipal de Água e Esgoto (Dmae) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF) intervieram para negociar com os manifestantes. Ficou decidido o envio de uma bomba móvel hidráulica emprestada pela Sabesp, empresa de água e esgoto de São Paulo, que estava em uso em outro ponto da cidade há mais de 20 dias após a inundação.
O Dmae informou que a região é atendida por uma Estação de Bombeamento de Águas Pluviais (Ebap), a qual escoa a água das ruas de volta ao Lago Guaíba, mas que, devido à enchente, está operando com apenas dois de seus quatro motores. O diálogo entre o departamento e a comunidade local continua, garantindo assistência nesse momento delicado.
Além disso, o Instituto Nacional de Meteorologia emitiu um alerta de perigo para chuvas na Região Sul do Brasil, incluindo o leste do Rio Grande do Sul, que já enfrenta problemas com as enchentes. A região metropolitana de Porto Alegre foi mencionada como uma das áreas afetadas, com previsão de chuvas intensas e ventos fortes. A cidade amanheceu sob névoa espessa e chuva, com riscos de corte de energia, queda de árvores e alagamentos.
A instabilidade climática e as condições precárias em algumas regiões demandam a atenção e ação imediata das autoridades competentes, a fim de garantir a segurança e o bem-estar da população afetada.