Essa não é a primeira vez que a divisão entre as entidades ocorre durante uma greve. Em 2012 e 2015, a mesma situação se repetiu, com o Proifes aceitando as propostas do governo antes da Andes-SN encerrar a mobilização.
De acordo com nota divulgada pela Proifes, o Conselho Deliberativo da entidade, formado por 34 delegados, considerou que as consultas, reuniões e assembleias ocorreram de forma democrática. A maioria dos sindicatos federados aprovou a proposta do governo, e o Conselho Deliberativo referendou esse apoio, encaminhando a assinatura do acordo à Diretoria da Federação.
Por outro lado, o presidente da Andes-SN, Gustavo Seferian, criticou a atitude do governo de assinar um acordo com apenas uma entidade representativa, classificando-a como autoritária. O sindicato também pede a recomposição do orçamento das universidades federais.
A proposta apresentada pelo MGI inclui aumentos salariais de 13,3% a 31% até 2026, com os reajustes programados para começar em 2025. Os professores receberão aumentos maiores aqueles que possuem salários mais baixos. O governo ressaltou que os professores terão um aumento acima da inflação prevista para o período de 2023 a 2026.
Esse impasse na negociação entre os professores e o governo continua gerando debates e discordâncias entre as entidades representativas, enquanto a greve se mantém como forma de pressionar por melhores condições salariais e de trabalho para os docentes das instituições federais de ensino superior.