BRASIL – Governo brasileiro condena ações de Israel em Gaza e pede pressão diplomática por cessar-fogo e assistência humanitária.

O governo brasileiro emitiu uma declaração oficial condenando veementemente as ações de Israel na Faixa de Gaza. O Ministério das Relações Exteriores (MRE) divulgou uma nota na terça-feira (27) criticando o que chamou de “contínua ação das forças armadas israelenses contra áreas de concentração da população civil de Gaza”. Além disso, o comunicado do Itamaraty também repudiou o relançamento de foguetes pelo Hamas contra o território israelense.

O Itamaraty expressou profunda consternação e perplexidade com os ataques conduzidos por Israel, especialmente aqueles direcionados a um campo de refugiados nas proximidades da cidade de Rafah, no extremo sul da Faixa de Gaza. Para o Ministério, as ações militares de Israel em regiões densamente povoadas de Gaza representam uma violação sistemática dos Direitos Humanos e do Direito Humanitário Internacional, desrespeitando também medidas provisórias recentemente reafirmadas pela Corte Internacional de Justiça (CIJ).

A CIJ, por sua vez, exigiu que Israel suspendesse os ataques em Rafah, uma cidade próxima à fronteira com o Egito que se tornou o principal refúgio da população civil de Gaza durante o atual conflito no Oriente Médio. Estima-se que 1,5 milhão de pessoas estejam vivendo no local, a maioria em tendas improvisadas. Os ataques de Israel contra Rafah já resultaram em dezenas de mortes e geraram condenação internacional.

O primeiro-ministro de Israel admitiu que um dos ataques foi um “acidente terrível”. Segundo informações da agência de notícias Reuters, tanques israelenses teriam chegado ao centro de Rafah pela primeira vez nesta terça-feira (28), o que aumenta a preocupação com os possíveis impactos devastadores dessas ações.

O governo brasileiro não poupou críticas aos eventos em Gaza, condenando tanto as ações de Israel quanto a retomada dos lançamentos de foguetes pelo Hamas. O Itamaraty expressou solidariedade às vítimas em Rafah e pediu a máxima pressão diplomática da comunidade internacional para alcançar um cessar-fogo imediato, a libertação dos reféns e a provisão urgente de assistência humanitária à população local.

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