BRASIL – Grupo criminoso usa Correios para tráfico ilegal de animais exóticos, ameaçando espécies nativas e podendo desencadear novas doenças no Brasil.

A Polícia Federal está investigando um grupo que utilizava os Correios para realizar o tráfico ilegal de animais, em especial répteis exóticos que representam uma ameaça para as espécies nativas. Esses animais, se soltos, poderiam causar desequilíbrios ambientais e até mesmo o surgimento de novas doenças no Brasil.

Nesta terça-feira (28), a 17ª Vara Federal da Seção Judiciária da Bahia determinou a realização de dois mandados de busca no município de Serrinha como parte da Operação Ojuara. Os animais apreendidos serão encaminhados ao Centro de Triagem de Animais Silvestres do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos para reabilitação e posterior devolução à natureza.

Entre os répteis confiscados, destacam-se cobras do gênero píton, originárias da Ásia. Essas cobras, conhecidas por viverem até 30 anos e por não terem predadores no Brasil, representam uma séria ameaça à fauna local, podendo se reproduzir rapidamente e dizimar outras espécies.

O tráfico de animais, sejam eles silvestres ou exóticos, é um crime que causa grandes danos à fauna brasileira, podendo gerar sérios desequilíbrios ambientais e colocar espécies em risco de extinção. A Polícia Federal também identificou uma rede criminosa composta por criadores clandestinos de animais que utilizavam os Correios para realizar as entregas dos animais comercializados ilegalmente pela internet.

Caso as suspeitas sejam confirmadas, os responsáveis poderão ser acusados de diversos crimes, como tráfico e maus-tratos de animais, introdução de espécies animais no país sem autorização, receptação e falsidade ideológica, podendo enfrentar penas de até 12 anos de reclusão.

Diante desse cenário preocupante, é fundamental que as autoridades continuem a investigar e punir esses crimes a fim de proteger nossa fauna e preservar o equilíbrio ambiental. A conscientização sobre a gravidade do tráfico de animais também se faz necessária para que a população se engaje na proteção e no combate a essa prática ilegal.

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