O presidente da Abrasel, Paulo Solmucci, destacou que, antes mesmo das enchentes, quase metade dos empreendimentos do setor já operava no prejuízo. A falta de ajuda do poder público tem gerado grandes dificuldades, levando o setor de bares e restaurantes do Rio Grande do Sul a não conseguir pagar os salários dos funcionários em junho.
Solmucci ressaltou que a situação atual é ainda mais crítica do que durante a pandemia de Covid-19, pois as condições para operar, como o serviço de delivery, estão comprometidas devido à destruição causada pelas enchentes. O presidente da Abrasel defendeu a adoção de uma nova medida provisória semelhante à MP 936, que foi implementada durante a pandemia para auxiliar as empresas do setor a pagarem os salários de seus colaboradores.
O governo federal anunciou a liberação de três linhas de financiamento que podem chegar a R$ 15 bilhões para auxiliar as empresas gaúchas de todos os tamanhos. As linhas de crédito terão taxas de juros diferenciadas e prazos variados para pagamento.
Além disso, o lay-off calamidade está sendo uma alternativa para suspender os contratos de trabalho temporariamente e garantir uma espécie de seguro-desemprego aos trabalhadores afetados. Empresas como a Unisuper, que teve sete lojas inundadas em Canoas, estão buscando alternativas como o home office para manter os empregos de seus colaboradores.
A crise causada pelas enchentes no Rio Grande do Sul demanda uma urgente atuação do governo para evitar um colapso no setor de bares e restaurantes e garantir a manutenção dos empregos e da economia local. É fundamental que medidas eficazes sejam adotadas com rapidez para auxiliar as empresas a superarem esse momento de adversidade.