Além disso, mais de 618 mil pessoas estão desalojadas, sendo que cerca de 37.812 delas estão em abrigos temporários. Essa situação perdura há mais de um mês, afetando mais de 2,3 milhões de moradores em 475 municípios do estado.
As fortes chuvas começaram em 27 de abril e se espalharam para o norte do estado, ocasionando enxurradas e inundações ao longo de diversos rios, como o Taquari, Sinos, Caí, Gravataí, Pardo e Jacuí. O Rio Guaíba, que banha a capital Porto Alegre, também foi impactado pelo transbordamento, inundando bairros e causando mortes e destruição.
A estrutura do estado foi fortemente prejudicada, com dezenas de deslizamentos de terra, pontes destruídas e milhares de famílias isoladas. O número de resgates já ultrapassa os 77 mil, e a rodoviária e o aeroporto da capital gaúcha ficaram alagados, interrompendo suas operações.
Neste sábado (1º), pela primeira vez em um mês, o nível do Rio Guaíba ficou abaixo da cota de inundação. Isso permitiu que moradores de bairros como Humaitá e Vila dos Farrapos retornassem para suas casas, encontrando um cenário de muito lixo e lama.
Essa catástrofe tem mobilizado autoridades, voluntários e sociedade civil em ações de ajuda e apoio às vítimas, mas a reconstrução das áreas afetadas será um processo longo e desafiador para o estado do Rio Grande do Sul.