Segundo relatos da mãe da vítima, Maria das Graças da Silva, Karine começou a se queixar de fortes dores abdominais logo após o procedimento na UBS. Mesmo após várias idas ao hospital de Junqueiro e administração de injeções, seu estado de saúde não melhorou. Finalmente, foi encaminhada para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e, posteriormente, ao Hospital Regional de Arapiraca, onde foi constatada a infecção que resultou em sua morte.
A mãe de Karine alega que houve negligência médica no caso e questiona como uma infecção tão grave pôde ocorrer em um curto espaço de tempo. Por outro lado, a Secretaria Municipal de Saúde de Junqueiro defende que a paciente passou por todos os exames necessários antes da inserção do DIU, conforme as recomendações técnicas.
A secretária de Saúde de Junqueiro, Amanda Gomes, ressaltou que o procedimento de colocação do DIU é preconizado pelo Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) e que a cidade conta com enfermeiros capacitados para realizá-lo. Ela afirmou que casos como o de Karine são raros na região e que medidas estão sendo tomadas para esclarecer a segurança e eficácia desse tipo de contraceptivo.
O presidente das Câmaras do Conselho Regional de Enfermagem de Alagoas (Coren-AL), Eduardo Araújo, destacou a realização de diversos exames prévios à colocação do DIU, visando garantir a segurança da paciente. Reuniões estão sendo agendadas na cidade para conscientizar a população sobre a segurança e base científica desse procedimento.
A morte de Karine levanta questionamentos sobre os protocolos de segurança na inserção de DIUs e a importância da prevenção de complicações para evitar tragédias como essa. A comunidade aguarda esclarecimentos e medidas para garantir a segurança dos procedimentos médicos.