A divisão gerada pelo acordo assinado com a Proifes resultou em uma greve que já alcança cerca de 562 unidades de ensino de 26 estados do país. Os profissionais em greve reivindicam a recomposição dos salários em 4,5% ainda este ano, demanda que não foi atendida pelo governo federal, que propôs reajustes escalonados até 2026. Durante a reunião, o governo afirmou que a negociação salarial com os docentes estava encerrada, porém, permanecia aberto para dialogar sobre outras pautas não salariais.
Após quase duas horas de espera, os líderes grevistas foram informados de uma nova reunião com os professores agendada para o dia 14 e uma específica com os representantes dos servidores técnicos-administrativos para o dia 11 de junho. No entanto, o governo destacou que as pautas discutidas nas reuniões não seriam remuneratórias. O presidente do Andes-SN considerou o encontro como um “bom momento de diálogo”, mas ressaltou a necessidade de continuidade nas negociações.
Durante uma entrevista coletiva pela manhã, os representantes dos sindicatos criticaram a legitimidade da Proifes para realizar a negociação com o governo federal, destacando a falta de representatividade do sindicato. A falta de resposta efetiva do governo em relação às demandas dos professores e servidores técnico-administrativos também foi alvo de críticas por parte dos representantes sindicais.
A expectativa é que as negociações continuem nos próximos dias, em busca de uma solução que atenda às reivindicações dos profissionais da educação. Enquanto isso, a greve nas instituições de ensino superior e nas escolas técnicas e profissionalizantes federais continua, afetando milhares de estudantes em todo o país.