Universidade Federal de Alagoas enfrenta crise financeira mesmo com suplementação do MEC
No último mês, o Ministério da Educação (MEC) liberou um crédito suplementar de R$ 347 milhões, visando auxiliar as instituições de ensino no Brasil. Porém, apesar desse aporte, a Universidade Federal de Alagoas (Ufal) ainda enfrenta sérias dificuldades financeiras e corre o risco de fechar as portas até setembro.
A Ufal recebeu apenas R$ 3,5 milhões da suplementação destinada pelo MEC, porém, o montante necessário para manter em pleno funcionamento os quatro campi da instituição é de R$ 36,8 milhões. A reitoria da Ufal alertou que, sem os recursos adequados, a universidade terá dificuldades para manter suas atividades até dezembro.
A coordenadora de Programação Orçamentária da Proginst, Luísa Oliveira, ressaltou a insuficiência dos recursos recebidos pela Ufal, que não cobrem sequer um mês dos contratos de aproximadamente R$ 6 milhões mensais. De acordo com a última Nota Técnica divulgada pela Pró-reitoria de Gestão Institucional, o reitor Josealdo Tonholo dispõe de apenas R$ 66,18 milhões para a manutenção da estrutura física da instituição, valor considerado insuficiente.
A falta de recursos impacta diretamente nas atividades da universidade, pois, segundo a Proginst, as despesas programadas para o ano chegam a R$ 70,36 milhões, enquanto o valor efetivamente disponível é de R$ 59,94 milhões. Com isso, a Ufal enfrenta uma dívida provável de R$ 20,97 milhões, além de um montante reservado para manutenções no valor de R$ 15,85 milhões.
Diante desse cenário preocupante, o pró-reitor de Gestão Institucional, Jarman Aderico, ressaltou a necessidade urgente de recursos para garantir o funcionamento da universidade. A comunidade acadêmica aguarda medidas efetivas para solucionar a crise financeira que ameaça a continuidade das atividades na Ufal.