Segundo a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), o período de janeiro a março foi marcado pela resiliência do consumo e dos serviços, que contribuíram para o aumento da renda. Além disso, o governo federal realizou pagamentos de precatórios, injetando R$ 131 bilhões na economia, o que corresponde a cerca de 1,1% do PIB, entre dezembro de 2023 e fevereiro de 2024.
A Fiesp também destacou a manutenção do mercado de trabalho aquecido, com a criação de mais de 730 mil novas vagas de emprego formal no primeiro trimestre, um aumento significativo em relação ao mesmo período do ano anterior. O aumento do salário mínimo e seu impacto nos benefícios sociais, como os previdenciários, também contribuíram para o crescimento da massa salarial em termos reais, que registrou uma alta de 10,4% em comparação com o primeiro trimestre de 2023.
Na Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), a produção de bens de capital avançou 4,1%, confirmando a projeção de crescimento da economia refletida no PIB. Além disso, a indústria de transformação registrou um crescimento de 0,7% no primeiro trimestre. No entanto, a Fiesp apontou que a recuperação da indústria poderia ter sido mais expressiva se os juros não estivessem em níveis restritivos.
Para a entidade, os juros em patamares elevados podem dificultar a recuperação de setores mais sensíveis a essa variável, o que impacta diretamente no desempenho da indústria. Diante desse cenário, a Fiesp ressalta a importância de políticas que estimulem o crescimento econômico e a redução dos juros para impulsionar ainda mais a atividade produtiva no país.