A Congregação da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP) emitiu uma moção de repúdio ao projeto, destacando a falta de debate em torno da proposta. Os professores ressaltam a importância de submeter o projeto à Câmara Municipal de São Paulo e realizar um amplo debate público antes de qualquer decisão ser tomada.
O bairro dos Campos Elíseos, onde se pretende realizar essa intervenção, é conhecido por questões sociais, como a presença da Cracolândia. O plano urbanístico para a região é considerado necessário, porém, a forma como está sendo conduzido tem recebido críticas dos especialistas.
Um concurso para escolha do projeto arquitetônico e urbanístico foi aberto recentemente, com previsão de resultados para agosto. No entanto, críticos apontam que esse concurso já possui um plano urbanístico estabelecido previamente, sem considerar aspectos importantes da região, como moradias, comércios e outras formas de uso existentes.
Além disso, a possível demolição de um conjunto habitacional voltado para famílias de baixa renda tem gerado preocupação entre os movimentos de moradia. A falta de transparência e informações sobre o futuro das pessoas afetadas tem sido criticada, especialmente pela União dos Movimentos de Moradia.
O governo estadual estima que cerca de 800 pessoas precisarão deixar suas casas para a construção do novo centro administrativo. No entanto, até o momento, não há medidas concretas para garantir a entrega dos apartamentos aos beneficiários. O governo afirma que o projeto está alinhado com a legislação urbana da cidade e prevê a construção de moradias na região central, por meio de parcerias público-privadas.
Consultas e audiências públicas estão previstas para que a população e a sociedade civil possam contribuir com o projeto. A polêmica em torno do novo centro administrativo do governo de São Paulo continua gerando debates e mobilizações por parte dos diferentes setores da sociedade.