BRASIL – Saldo da poupança aumenta em maio após segundo registro positivo no ano, com mais depósitos do que saques.

O mês de maio de 2024 trouxe boas notícias para os investidores que optam pela tradicional caderneta de poupança. De acordo com o Banco Central, pela segunda vez no ano o saldo da aplicação registrou um aumento, com mais depósitos do que saques, resultando em um saldo positivo de R$ 8,2 bilhões.

Durante o período, foram aplicados R$ 362,5 bilhões na poupança, enquanto os saques totalizaram R$ 354,3 bilhões. Os rendimentos creditados nas contas somaram R$ 5,2 bilhões, resultando em um saldo final de R$ 993,3 bilhões na caderneta de poupança.

Comparado com meses anteriores, o resultado positivo de maio contrasta com o registrado em abril, janeiro e fevereiro de 2024, quando houve mais saques do que depósitos. Já em março do mesmo ano, houve um resultado positivo, com um aumento de R$ 1,3 bilhões nos depósitos.

Em relação ao ano de 2023, a caderneta de poupança enfrentou um cenário desafiador, com uma saída líquida de R$ 87,8 bilhões. No entanto, esse número foi menor do que em 2022, quando a fuga líquida atingiu o recorde de R$ 103,24 bilhões, em meio a um contexto de inflação e endividamento altos.

Um dos motivos que podem explicar os saques na poupança é a manutenção da Selic em patamares elevados, o que estimula os investidores a procurarem aplicações com melhor desempenho. Após um ciclo de 12 aumentos consecutivos, a taxa básica de juros se manteve em 13,75% ao ano por sete vezes, até começar a ser reduzida em 2023. Atualmente, a Selic está em 10,5% ao ano.

O ano de 2020 foi marcado por um recorde de captação líquida na poupança, de R$ 166,31 bilhões, impulsionado pela instabilidade no mercado financeiro no início da pandemia de covid-19 e pelo pagamento do auxílio emergencial. No entanto, em 2021 e 2023, foram registradas saídas líquidas da poupança, refletindo o contexto econômico desafiador em que o país se encontrava.

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