Esse aumento no furto de energia não é um fato isolado, visto que, ao longo dos últimos 15 anos, o volume furtado acumula mais de 500 TWh, o que representa um impacto significativo no setor energético do país. Alagoas se destaca, figurando entre os 10 primeiros estados com o maior volume de gatos em 2023. Apesar de ser a segunda menor unidade da federação, Alagoas teve um total furtado de 0,44 TWh, correspondendo a 17,2% da energia distribuída e não faturada.
No âmbito nacional, estados como Amazonas, Amapá, Rio de Janeiro, Pará, Rondônia, Pernambuco, Ceará, Bahia e Espírito Santo apresentaram altas porcentagens de furto de energia, o que impacta diretamente o bolso dos consumidores. Esse impacto é sentido nas contas de luz, já que o crime resulta em uma tarifa mais alta, culminando em um impacto financeiro de R$ 10,1 bilhões somente com os custos de compra de energia.
Vale ressaltar que a quantidade de energia furtada supera a geração da hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, que é a segunda maior do Brasil. Enquanto a usina tem capacidade de gerar 11.233 MW, os furtos correspondem a 4.655 em MW médios, destacando a gravidade do problema do furto de energia elétrica no país. É fundamental que medidas eficazes sejam adotadas para combater esse tipo de crime e garantir a segurança e estabilidade do sistema elétrico nacional.