O G7 é composto por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido. Anteriormente, a Rússia também fazia parte do grupo, que era conhecido como G8, no entanto, foi excluída devido à anexação da Crimeia, que estava ligada à Ucrânia. Nas cúpulas do G7, é comum a presença de países convidados para participar das discussões.
Antes de chegar à cidade italiana, Lula fará uma parada em Genebra, na Suíça, para participar da conferência da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que teve início em 3 de junho e vai até 14 de junho.
Esta será a oitava vez que o ex-presidente brasileiro participará da Cúpula do G7. As seis primeiras participações ocorreram durante seus primeiros dois mandatos, entre os anos de 2003 e 2009. Após um período de ausência, Lula compareceu à cúpula no ano passado, em Hiroshima, no Japão.
Nos últimos anos, o governo brasileiro tem mantido diálogo com as autoridades italianas devido às presidências rotativas do Brasil no G20 e da Itália no G7. O G20 reúne 19 das maiores economias do mundo, além da União Europeia e da União Africana.
Durante o encontro do G7, Lula deverá defender as propostas do Brasil no G20, abordando questões como inclusão social, combate à desigualdade, fome e pobreza, mudanças climáticas, desenvolvimento sustentável e reformas das instituições globais de governança.
Um dos temas em destaque será a proposta de tributação global de até 2% da renda dos super-ricos, que visa reduzir a desigualdade social e combater os impactos das mudanças climáticas. Esta proposta tem ganhado adesão de diversos países e pode se tornar uma recomendação nas reformas propostas pela OCDE.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, viajou à Itália para discutir o tema com o Papa Francisco, ressaltando a importância da taxação das maiores fortunas para promover a igualdade social e combater os efeitos das mudanças climáticas. A proposta tem potencial para se tornar uma recomendação internacional e contribuir para um mundo mais equitativo e sustentável.