A audiência de custódia ocorreu no dia 9 de maio e a juíza responsável pela decisão de converter a prisão em preventiva destacou que a acusada ocupava uma “posição de comando” em relação às vítimas e representava um risco concreto à ordem pública. A professora deverá se apresentar à Justiça assim que receber alta do Hospital Municipal Souza Aguiar, onde está internada.
As vítimas, filhas de Lorhane Abraão Sampaio e Gabrielly da Conceição Bazilio, relataram ofensas racistas por parte da professora, que chegou ao extremo de agredi-las verbalmente com frases desumanas. Esses episódios foram descritos com detalhes durante a audiência de custódia, mostrando a gravidade da situação vivenciada pelas crianças.
A Polícia Militar foi acionada para atender a ocorrência de injúria racial na escola e a professora acabou sendo autuada em flagrante pela Polícia Civil. A Secretaria Municipal de Educação tomou medidas imediatas, afastando a professora de suas funções e instaurando uma sindicância para apurar o ocorrido.
A defesa da professora alegou que ela sofre de esquizofrenia e estava em surto psicótico no momento dos supostos ataques racistas. Essa alegação levanta questões importantes sobre a saúde mental dos profissionais da educação e como isso impacta no ambiente escolar.
O caso reacende a discussão sobre o racismo no ambiente escolar e a importância de combater atitudes discriminatórias que afetam a formação e o desenvolvimento das crianças. A educadora Laura Tolentino destaca que o racismo é um problema coletivo e histórico da nossa sociedade, que precisa ser enfrentado com seriedade.
Diante de situações como essa, é fundamental refletir sobre os impactos do racismo na formação das crianças e jovens, pois essas práticas discriminatórias podem ter consequências devastadoras para a autoestima e o desempenho educacional dos estudantes negros. A educação antirracista e inclusiva é o caminho para construir uma sociedade mais justa e igualitária.