Os irmãos Brazão encontram-se atualmente detidos preventivamente, sob a acusação de serem os mandantes dos assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, ocorridos em 14 de março de 2018, em uma emboscada na região central da cidade. Os requerimentos para a cassação das medalhas foram apresentados pela vereadora Monica Benicio, do Psol e viúva de Marielle.
Em declaração após a votação, a vereadora Monica Benicio afirmou: “Essa não é uma vitória pouco importante, porque quando eu comecei o pedido achei que ia ser uma ação simbólica, fazer o pedido de revogação de medalhas. Como essa Câmara hoje é comprometida com esse poder que não é mais paralelo, que é a expressão da milícia, mas que está entranhado na política. Derrotar isso é também fazer justiça por Marielle”.
Por outro lado, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), liberou nesta terça-feira a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra os irmãos Brazão e o ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro Rivaldo Barbosa por envolvimento no assassinato da vereadora. O caso será julgado pela Primeira Turma do Supremo, com data ainda não divulgada.
Segundo a procuradoria, o assassinato de Marielle Franco foi encomendado pelos irmãos Brazão como forma de proteger interesses econômicos de milícias e inibir atos de oposição política realizados pela vereadora, que era filiada ao Psol. A base da acusação é a delação premiada do ex-policial Ronnie Lessa, réu confesso da execução dos homicídios.