De acordo com Maria Aparecida de Menezes Borrego, uma das curadoras da mostra, a exposição foi organizada para destacar as ações humanas, vivências e práticas cotidianas da população em seus ambientes domésticos. Os 164 objetos em exibição, que incluem bancos, cadeiras, sofás e camas, foram divididos em três núcleos básicos: Sentar, Guardar e Dormir. Cada núcleo retrata como as necessidades básicas de sentar, guardar e dormir foram atendidas ao longo do tempo por meio desses objetos.
No primeiro núcleo, intitulado Sentar, são apresentados móveis de assentos que contam histórias interessantes sobre a evolução do mobiliário nas residências brasileiras. As cadeiras, por exemplo, não eram amplamente utilizadas antes do século XIX, indicando que o convívio social era mais frequente fora das casas. Já o segundo núcleo, Guardar, exibe móveis de armazenamento como caixas, cômodas e guarda-roupas, que refletem a necessidade de preservar itens e memórias pessoais ao longo da história.
O terceiro núcleo, Dormir, mostra a evolução das práticas de descanso e sono no Brasil, desde as redes indígenas até as camas produzidas em série durante a industrialização do país. Além disso, a exposição destaca a importância do diálogo entre os acervos do Museu da Casa Brasileira e do Museu Paulista, proporcionando uma visão abrangente das diferentes formas de morar e viver no Brasil.
A mostra, que permanecerá em exibição até 29 de setembro, é gratuita e acessível, com objetos táteis e recursos multissensoriais para uma experiência enriquecedora ao visitante. Os curadores também realizarão uma apresentação sobre os móveis expostos no dia 29 de junho, oferecendo mais insights sobre a história e significado desses objetos do cotidiano. Mais informações sobre a exposição podem ser encontradas no site do Museu do Ipiranga.