Dentre as ampliações em andamento, destacam-se o Parque Nacional da Serra das Confusões, no Piauí, a Floresta Nacional de Açu, no Rio Grande do Norte, e o Refúgio da Vida Silvestre do Soldadinho-do-Arararipe, no Ceará. A ministra do MMA, Marina Silva, ressaltou a importância da preservação da Caatinga, alertando para os problemas causados pela degradação do bioma.
O anúncio foi feito durante o lançamento da campanha Terra, Floresta, Água – Movimento Nacional de Enfrentamento à Desertificação e à Seca, realizado em Petrolina, Pernambuco. O evento faz parte da Missão Climática pela Caatinga, que tem como objetivo combater os efeitos das mudanças climáticas na região.
Segundo dados do MMA, a desertificação atinge 13% do semiárido brasileiro, resultando na perda da biodiversidade e na capacidade produtiva do solo. A Caatinga, único bioma exclusivamente brasileiro, é especialmente vulnerável às mudanças climáticas devido à presença de espécies endêmicas e à ocupação humana em 60% do território.
Apesar da existência de uma Política Nacional de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca desde 2015, o desmatamento na Caatinga segue avançando. Em 2023, mais de 200 mil hectares foram desmatados na região, um aumento de 43,3% em relação ao ano anterior.
Além dos projetos de conservação, o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome anunciou um pacto com os estados do Nordeste para ampliar o acesso à água por meio do Programa Cisternas, visando a segurança hídrica e alimentar, bem como a resiliência às mudanças climáticas.
Durante a Missão Caatinga, foram anunciados projetos como o Conecta Caatinga e o Projeto Arca, que visam promover a gestão integrada da paisagem no bioma e a proteção das áreas protegidas, respectivamente. Também foi lançada a Rede de Pesquisadores e Pesquisadoras Sobre a Desertificação e Seca, para apoiar a implementação de políticas públicas na região.
Os cientistas interessados em participar da rede podem se inscrever no site do MMA até o dia 10 de julho. Adicionalmente, foi divulgado o lançamento do livro “Manejo Florestal da Caatinga – 40 anos de experimentação”, visando compartilhar conhecimentos sobre a preservação do bioma e suas potencialidades.