A área restrita é o local onde os imigrantes aguardam a solicitação de refúgio ou a repatriação aos seus países de origem, pois ainda não foram oficialmente admitidos no país devido à falta de visto ou documentos. O MPF classificou a situação como uma “nova crise humanitária instalada no aeroporto” e destacou o grande fluxo de pessoas vindas do Afeganistão e Vietnã nos últimos tempos.
De acordo com o MPF, aproximadamente 400 imigrantes estiveram na área de imigração na terça-feira, sendo a maioria de indianos, mas também incluindo cidadãos de países como Nepal. Ainda não foram confirmados os motivos que levaram esses imigrantes a buscarem refúgio no Brasil, mas problemas no Sistema Nacional de Processamento de Pedidos de Refúgio (Sisconare) têm dificultado a entrada deles no país.
Por sua vez, o Ministério da Justiça e Segurança Pública informou que está trabalhando para resolver as instabilidades no Sisconare e que 291 imigrantes estão retidos na área restrita, a maioria com intenção de solicitar refúgio. O ministério se comprometeu a acelerar o processamento dos pedidos e respeitar os direitos humanos dos imigrantes.
A situação complexa tem sido observada em diversos países e organizações como a Missão Paz têm se envolvido para oferecer apoio aos imigrantes. No Brasil, casos semelhantes já foram registrados, como o dos vietnamitas retidos no aeroporto no ano passado. As autoridades suspeitavam que redes de coiotes e contrabando estavam envolvidas no fluxo migratório.
A prefeitura de Guarulhos afirmou que o Posto Avançado de Atendimento Humanizado ao Migrante ainda não foi oficialmente notificado sobre a situação dos indianos. A Acnur e a concessionária do aeroporto foram procuradas para se posicionar sobre o caso.