BRASIL – Senadores mudam de posição e passam a defender votação de projeto que autoriza cassinos e jogo do bicho no Brasil

Os senadores contrários ao projeto de lei que autoriza o funcionamento de cassinos, bingos e legaliza o jogo do bicho no Brasil alteraram sua postura e agora defendem a votação da matéria na Comissão de Constituição e Justiça do Senado. A mudança de posição ocorreu durante a sessão realizada na quarta-feira (12), surpreendendo aqueles que vinham solicitando o adiamento da votação.

O senador Carlos Vianna, representante do Podemos em Minas Gerais, afirmou à imprensa que está confiante de que agora possuem os votos necessários para rejeitar o projeto na CCJ. Essa reviravolta dos senadores contrários à proposta sinaliza um possível risco de o PL não ser aprovado.

Diante desse cenário, os senadores Eduardo Braga, do MDB do Amazonas, e Rogério Carvalho, do PT de Sergipe, solicitaram mais tempo para analisar as alterações propostas pelo relator, senador Irajá, do PSD de Tocantins. Com isso, o presidente da CCJ, Davi Alcolumbre, decidiu adiar mais uma vez a votação, que agora está prevista para a próxima quarta-feira (19).

Alcolumbre ressaltou que o projeto está em tramitação há mais de um ano na Comissão e que este será o último adiamento. O relator da matéria, senador Irajá, elogiou a decisão de adiar a votação, justificando a necessidade de mais tempo para analisar as novas emendas apresentadas.

O PL em questão, que permite a instalação de cassinos em polos turísticos e complexos de lazer, assim como a legalização do jogo do bicho, tem provocado debates acalorados. Enquanto alguns defendem a regulamentação dos jogos de azar como forma de controlar possíveis práticas ilegais, outros temem os riscos de endividamento e vício em apostas.

O relator Irajá argumenta que a legalização dos jogos de azar no Brasil pode movimentar bilhões de reais e contribuir para o desenvolvimento econômico e regional. Por outro lado, o senador Carlos Vianna alerta para os males que os cassinos podem causar à população, como a possibilidade de lavagem de dinheiro e problemas de endividamento.

Diante dessas divergências, a votação do projeto na CCJ promete ser um momento decisivo para a regulamentação dos jogos de azar no país. A sociedade aguarda com expectativa o desfecho dessa discussão que envolve questões econômicas, sociais e de segurança pública.

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