Os 14 integrantes da Orcrim foram denunciados no final de abril e tiveram suas acusações recebidas pela 17ª Vara Criminal da Capital no início de junho. A distribuição dos indivíduos desta organização criminosa é variada, com a maioria residindo em Alagoas, seguidos por representantes em Pernambuco, São Paulo e Paraíba.
A Orcrim operava por meio de alterações societárias fraudulentas, usando interpostas pessoas, incluindo até mesmo pessoas falecidas, além da emissão de notas fiscais falsas. O objetivo dessas ações era enganar a fiscalização tributária e sonegar impostos, resultando em um prejuízo calculado em milhões de reais, tanto em Alagoas quanto em São Paulo.
A empresa envolvida nesse esquema, com sedes em Pernambuco e São Paulo, utilizou mais de R$ 80 milhões em notas fiscais falsas. Um caso peculiar ocorreu em Alagoas, onde uma empresa foi vendida para uma pessoa já falecida, um ano após sua morte.
O Ministério Público está empenhado em levar os responsáveis por essas práticas criminosas à justiça, buscando a condenação por Organização Criminosa, Sonegação Fiscal, Falsificação de Documentos, Falsidade Ideológica e Lavagem de Bens. O Gaesf também busca que os réus paguem multas e reparem os danos causados, com um valor estimado em R$ 36 milhões destinados ao povo de Alagoas.
A operação Blindspot, conduzida pelo Gaesf em parceria com diversas instituições locais, como a Secretaria da Fazenda, Polícia Civil e Militar, segue em andamento, visando combater a sonegação fiscal e a lavagem de bens nessa complexa trama criminosa.