Um dos municípios que recorreram ao IBGE em busca de auxílio foi Lajeado. De acordo com o pesquisador Gustavo Cayres, do IBGE, foi feito um cruzamento de dados do cadastro com informações fornecidas pela prefeitura municipal de Lajeado, identificando os domicílios afetados pelas cheias. Esse levantamento revelou que 4.605 residências particulares, 15 escolas, 30 estabelecimentos de saúde e 825 estabelecimentos comerciais diversos estavam localizados nas áreas alagadas pelo Rio Taquari e seus afluentes.
Embora os nomes das outras prefeituras gaúchas que solicitaram informações ao IBGE não tenham sido divulgados, o governo do estado compartilhou dados de endereços de 223 municípios para melhor compreensão da situação. O cadastro de endereços já foi útil em situações de emergência anteriores, como no caso do rompimento da barragem em Brumadinho (MG) e das chuvas em São Sebastião (SP).
Além do cadastro de endereços, os agregados por setores censitários também são utilizados para analisar a extensão dos desastres. Apesar de não serem tão precisos quanto o cadastro de endereços, esses agregados oferecem informações sobre a população que vive em áreas específicas de cada município.
A colaboração entre o governo, as prefeituras e o IBGE é fundamental para entender os impactos das chuvas e garantir uma resposta eficaz para a reconstrução das áreas afetadas. Com essas informações detalhadas, será possível desenvolver estratégias mais eficientes para lidar com as consequências desse desastre natural no Rio Grande do Sul.