Apesar do anúncio dessas pausas, os combates na cidade de Rafah, onde Israel está focando suas operações contra as brigadas do grupo militante Hamas, continuarão sem interrupções, conforme informado pelas autoridades militares. A interrupção da atividade militar está programada para ocorrer diariamente, das 5h às 16h, ao longo de uma extensão da estrada que vai do cruzamento de Kerem Shalom até a estrada de Salah al-Din e em direção ao norte.
Mesmo com a pressão internacional crescente por um cessar-fogo, um acordo para interromper os combates ainda não se concretizou mesmo após mais de oito meses desde o início da guerra. O conflito também se estendeu para o Líbano, com o Hezbollah, apoiado pelo Irã, abrindo uma segunda frente contra Israel logo após o ataque do Hamas em outubro. Os combates na fronteira entre Israel e o Líbano agora representam uma ameaça de conflito mais amplo, resultando no deslocamento de dezenas de milhares de pessoas de ambos os lados da fronteira.
O prolongamento do período em que o governo de Benjamin Netanyahu irá financiar hotéis e pensões para moradores retirados das cidades fronteiriças do sul de Israel até 15 de agosto foi anunciado como mais um sinal de que os combates em Gaza podem se estender. O ataque liderado pelo Hamas em outubro resultou em um grande número de vítimas e reféns, conforme relatado pelos registros israelenses. Do lado palestino, o Ministério da Saúde de Gaza informou que pelo menos 37.296 pessoas foram mortas durante a campanha militar de Israel na região.
Em meio a esse cenário de conflito prolongado e crises humanitárias, a busca por uma solução pacífica e duradoura continua sendo um desafio para as partes envolvidas. A implementação de pausas táticas é um pequeno passo em direção à mitigação do sofrimento da população civil, porém, é necessário um esforço conjunto e diálogo contínuo para alcançar uma verdadeira paz na região.
