BRASIL – “Dólar ultrapassa R$ 5,40 e bolsa de valores atinge menor patamar em sete meses às vésperas da reunião do Copom”

Em um cenário marcado por pressões tanto internas quanto externas, o dólar retomou sua trajetória de alta e ultrapassou a marca dos R$ 5,40 às vésperas da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. Enquanto isso, a bolsa de valores brasileira registrou mais um dia de queda e permanece em seu menor patamar dos últimos sete meses.

O dólar comercial fechou a segunda-feira (17) sendo negociado a R$ 5,421, apresentando um aumento de R$ 0,039 (+0,73%). Durante todo o dia, a moeda norte-americana operou em alta e atingiu R$ 5,43 no ponto mais alto do dia, por volta das 15h30. Esse valor representa o maior patamar desde janeiro do ano passado, quando era vendido a R$ 5,452, acumulando altas de 3,28% somente em junho e 11,7% ao longo de 2024.

Por outro lado, o mercado de ações não teve um desempenho positivo, com o índice Ibovespa, da B3, fechando em 119.138 pontos, uma queda de 0,44%. Esse é o menor nível registrado desde novembro do ano passado.

Os investidores estão atentos a fatores tanto internos quanto externos que influenciam a valorização do dólar. No âmbito nacional, as expectativas em relação ao plano de corte de gastos em estudo pela equipe econômica e a decisão do Copom sobre a Taxa Selic estão impactando no mercado financeiro. No cenário internacional, os altos juros dos títulos do Tesouro norte-americano estão incentivando a retirada de investimentos de países emergentes, como o Brasil.

Enquanto isso, a bolsa brasileira segue em rumo oposto à norte-americana, já que a expectativa de manutenção da Taxa Selic em 10,5% ao ano faz com que os investidores optem por investimentos em renda fixa, considerados menos arriscados. Com isso, o mercado de ações registra uma diminuição da procura.

A situação do mercado financeiro permanece instável e sujeita a impactos variados, sendo necessário aguardar os desdobramentos da reunião do Copom e as decisões que serão tomadas para lidar com as atuais tensões econômicas.

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