Durante a audiência de custódia, os advogados de Eurípedes Júnior solicitaram que a prisão preventiva fosse convertida em domiciliar, com uso de tornozeleira eletrônica. No entanto, o pedido foi negado pela Justiça, e o político permanece detido na Superintendência da Polícia Federal, com perspectiva de ser transferido para o complexo penitenciário da Papuda, em São Sebastião, no Distrito Federal.
A Operação Fundo no Poço, que tem como objetivo desmantelar um esquema de desvio milionário de recursos partidários, resultou na prisão de Eurípedes Júnior. O presidente licenciado do Solidariedade é acusado de participar de um esquema criminoso que envolvia candidaturas laranjas, superfaturamento de serviços de consultoria jurídica e desvio de verbas destinadas à Fundação de Ordem Social (FOS) do antigo Pros.
Antes de se entregar à PF no sábado, Eurípedes Júnior se afastou da presidência do Solidariedade por tempo indeterminado, sendo substituído por Paulo Pereira da Silva, conhecido como Paulinho da Força. A sigla emitiu uma nota oficial destacando a continuidade da direção partidária sob a liderança de Paulinho da Força.
Os advogados de defesa de Eurípedes Júnior afirmaram que irão provar a inocência de seu cliente diante das acusações. Eles ressaltaram que o político demonstrará, perante a Justiça, a insubsistência dos motivos que levaram à sua prisão preventiva, bem como sua total inocência em relação aos fatos investigados.
A investigação sobre o caso continua em andamento, com Eurípedes Júnior sendo acusado de crimes como organização criminosa, lavagem de dinheiro, apropriação indébita, falsidade ideológica eleitoral e desvio de recursos destinados ao financiamento eleitoral. Este escândalo político levanta questões sobre a transparência e a integridade no sistema partidário brasileiro.