Durante o julgamento, os ministros terão a difícil tarefa de decidir se os acusados se tornarão réus por homicídio e organização criminosa. Todos os acusados estão atualmente detidos, sob investigação do assassinato de Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes em 2018.
Segundo a PGR, o assassinato da vereadora ocorreu para proteger interesses econômicos de milícias, a fim de desencorajar atos de oposição política. As sustentações dos advogados dos acusados durante a sessão foram intensas. Marcelo Ferreira de Souza, advogado de Rivaldo Barbosa, defendeu seu cliente afirmando que as acusações se baseiam apenas nas declarações de um dos delatores do caso, Ronnie Lessa. A defesa de Rivaldo enfatizou que ele não foi responsável pela investigação do caso e destacou a falta de provas concretas contra o ex-chefe da Polícia Civil.
Já Cleber Lopes, advogado de Chiquinho Brazão, negou animosidade entre o ex-vereador e Marielle Franco, questionando a validade das declarações feitas por Lessa. Por sua vez, a defesa de Major Ronald refutou as alegações de que o militar teria monitorado os passos da vereadora, destacando que ele estava em um curso da Polícia Militar no momento do crime.
A sessão no STF prossegue com a votação dos ministros, que proferirão seus votos individuais sobre o caso. Resta agora aguardar a decisão final da Justiça em relação aos acusados no terrível assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes.
