Os balões juninos, que são inflamáveis, de ar quente e não tripulados, representam um grande perigo quando caem. Recentemente, um balão gigantesco caiu sobre cinco moradias em São Vicente, no litoral de São Paulo, causando um grande susto nos moradores, mas felizmente sem feridos. Outro caso alarmante foi a queda de um balão que resultou em um incêndio no Parque Estadual do Jaraguá, em São Paulo, demonstrando como essa prática pode afetar a vegetação e até mesmo residências.
Segundo dados do governo de São Paulo, a soltura de balões é um dos principais motivos de incêndios na flora. A Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística aplicou 40 autos de infração ambiental nos primeiros cinco meses deste ano, um aumento de 135% em relação ao mesmo período do ano passado.
Além dos incêndios e das ameaças à vegetação, a prática de soltar balões também representa um risco para a aviação civil. Os radares muitas vezes não conseguem detectar os balões devido às condições meteorológicas, elevando a possibilidade de colisões com aeronaves. A Cenipa alerta que, dependendo do tamanho do balão e da velocidade da aeronave, a colisão pode gerar impactos devastadores.
Diante desses perigos, a Aeroporto do Galeão no Rio de Janeiro lançou uma campanha de conscientização e alerta à população sobre os riscos dos balões. Ações educativas serão realizadas em escolas próximas ao aeroporto para informar sobre os perigos dessa prática ilegal.
Os dados do Cenipa mostram que cidades como Rio de Janeiro, São Paulo e Curitiba têm o maior número de ocorrências com balões. Entre janeiro e maio de 2024, foram identificados 186 casos em todo o país. Quando um balão é avistado, os controladores de tráfego e os pilotos são informados para evitar possíveis colisões.
Portanto, é fundamental conscientizar a população sobre os riscos associados à soltura de balões e reforçar a importância de respeitar a legislação ambiental para garantir a segurança de todos.